líquido
desfaz-se e busca a solidez
na solidão eterna de um momento líquido
– Barman ou Bauman?
– Ambos, por favor!
há pontas
há ondulações
há mágicos atritos
que arranham
e acariciam
líquido seco
que o caos acalma
que a calma tinge de guerra
com a cor do sangue
sem a dor da alma
a língua adormece aos poucos
entrega-se à morte
do mundo que não vive
língua morta de uma mente viva
que nunca dorme
que nunca morre
que sangra na taça
