Meio conto

Descobriu meu ponto fraco
Sob impacto a todo momento
Foi tornando tornado tormento
Me deixou sob encanto animal
Me puxou para um canto de caos
Sem nenhum esforço em virtude
Mirou meu pescoço a longitude
Numa atitude de predador
Obviamente sem flor sem amor
Fez minha alma sentir o arrepio
Feito um lobo carente bebendo no rio
Fugiu do ocaso causou o causo
Feito um doce vampiro sem lar
Sei lá, quis beijar minha jugular
Logo eu que desprezo o profano
Mas também erro e cometo enganos
E para riscar do mapa essa patifaria
Quebrar o encanto dessa feitiçaria
Tomei um porre da melhor poesia
Matei o cupido de fantasia
Sustei a libido que só ludibria
Joguei um gole de melancolia pro santo
E como por encanto
Saquei do bolso uma estaca de carvalho
Um pente de osso velho e um dente de alho
Nada mais justo
Empoderada matei o moço
Que ao ouvir minha gargalhada
Morreu de susto.

(Son dos Poemas – Sonia Gonçalves)

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Son dos Poemas (Sonia Gonçalves)

Se não há rega em abundância
Se não tem água com constância
A regra é clara
O amor verga qual vara
Tudo é raro, mas qual joia avara
A lei escreve dentro do legível
Apesar do vento que conspira
O que não te dignifica não inspira
EXPIRA.

(Son dos Poemas)

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