Sou mãe, esposa, filha, irmã, amiga e gateira. Como atividade profissional principal, exerço o cargo de auditora fiscal da Receita Federal. E os intervalos desses papeis indeclináveis são dedicados à escrita e também à dança do ventre desde 2015.

A minha biografia no que se refere à escrita é, portanto, recente e não é extensa, não apresenta um rol experiente e rico de publicações e realizações literárias. Não ainda, espero.

Meu gosto pela escrita criativa despontou quando, há aproximadamente nove anos, comecei a me expressar no que seria um diário, mas acabou por tornar-se um conjunto de ensaios e reflexões sobre a vida de modo geral. No entanto, naquela fase, eu era a minha única leitora.

Parecia haver algo represado em mim, e sentia uma profunda necessidade de explodir em combinações infinitas de letras. A escrita foi a rachadura dessa represa. Mas, ao contrário de um estrago, encontrei nessa rachadura uma amiga silenciosa, compreensiva, fiel e parceira para todos os tipos de sentimentos, reflexões e aventuras criativas. 

Há cerca de quatro anos, meu filho me perguntou o que eu gostaria de ser se tivesse outra profissão. Surpreendi a mim mesma, respondendo de imediato: “escritora, filho”. Foi quando ele me pediu: “mamãe, então escreve um livro pra mim.” No mesmo dia, comecei a esboçar uma história, e o que, de início, seria apenas direcionado ao meu filho tomou um rumo diferente.

Na busca de informações sobre como publicar o livro, descobri o universo das antologias. Comecei com a prosa, com o conto “O natal de uma menina”, publicado em dezembro de 2015. 

Até meados de 2016, nunca me havia passado pela cabeça que, um dia, eu escreveria poesias. Apesar de amar ler poesia na juventude, passei muito tempo distante desse universo literário e nunca me pareceu algo que eu pudesse fazer. Em julho de 2016, um amigo antologista incentivou-me a mandar três poemas para uma antologia que ele organizava. Mesmo insegura, arrisquei. Foi como experimentar a primeira dose de um entorpecente poderoso.

Além do livro O Mundo Exclamante, nos últimos três anos publiquei trabalhos em várias antologias de prosa e poesia, no Brasil e em Portugal, trabalhos esses referidos em tópico próprio aqui no blog. Recentemente, concluí um original de um livro de poesias, cuja publicação deve ocorrer ainda em 2019.

Há projetos de um livro de contos e duas histórias pretendentes a romances para o futuro. Meu caminho literário ainda está no início. Sei que há muito para percorrer e o que me alegra é que, no caso da escrita, a realização e a felicidade são o percurso e não apenas o destino.