Que as palavras me saibam
e me suguem a morfologia,
que me cuspam fluida,
tornem letras os fluidos,
e sangrem o meu conteúdo.
Que esse vício me quebre
me esfacele inteira
e me reconstrua fractal
ou alfabeto imortal
com dez trilhões de letras
em vez das células mortas
de um futuro decomposto
Que eu seja substantiva
simples, concreta
e viva
nas palavras compostas
abstraídas ou justapostas
a meu gosto

Ótimo poema, poetisa!
CurtirCurtir