(…)

Felipower fez um esforço, mas depois que a mãe falou da alcachofra não conseguia pensar em outra coisa. Afinal, era algo muito estranho comer uma flor. Lembrou-se, então, que enquanto mastigava o coração da alcachofra pensou sobre coisas estranhas.
(…)
Felipower tinha um objetivo nesse passeio: reencontrar o losango com a luz no centro, aquele que fizera com que ele voltasse para seu mundo. Mas não seria tarefa fácil encontrá-lo, porque os objetos movimentavam-se constantemente e não havia nada que pudesse indicar o lugar exato do losango. Então, pediu para Feliporquê ajudá-lo a montar objetos.

– A gente só precisa juntá-los, Porquê.
– Mas, por quê?
– Eu não preciso te falar o porquê, Porquê! Porque você verá o porquê, entende?
Os meninos começaram a juntar algumas formas, montando novos objetos. Mas nada acontecia. Felipower olhou para o companheiro e levou um susto. Ele estava meio transparente.
– Porquê, você está ficando difícil de enxergar!
(…)

– O que… quem é você?
– Meu nome é Felipequeno.
– Você só pode estar brincando!
“Será que o Porquê está no Pequeno?” – pensou Felipower com cara de análise.
(…)
Na natação, durante um mergulho, pensou “Será que existe algum Felipeixe em algum mundo aquático?” E soltou uma gargalhada borbulhante.

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