Agonia

Desencantos mil de trevas pervígeis,
Em que se perpetuam delírios febris;
Numa orla que a luz, espada incisiva,
Não penetra a horda de imagens vis.

Redemoinhos de desalentos gélidos
Osculam a ardência do suor pegajoso;
O corpo definha dentre o gelo e o fogo
E a mente flutua no limbo brumoso.

A busca maquinal por futura manhã
Aspira uma trégua pra alma cansada;
Onipresente ansiedade, pior das vilãs,
Delegando crueza à servil madrugada.

Não há clemência na zona limítrofe,
Submetido a ritos e delírios insanos;
Aonde a luz se despe de todo o poder,
Incutindo aflição a esse orbe arcano.

Uma noite, quiçá, um sonho retorne,
Conduzindo um bálsamo pra solidão;
O horror da insônia afrouxe esse laço,
E o sono aplaque este velho coração.

(Nardélio Luz)

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4 comentários sobre “Agonia

  1. Sandra, minha admirável X-Friend, fico muito feliz de estar fazendo parte desse seu “mundo perdido”, percebendo que os bons amigos sempre estão juntos, até mesmo quando se atravessa buracos de minhoca.
    Embora ainda em construção, seu mundo particular já está lindo, como tudo que faz. Percebe-se seu toque especial, seu bom gosto, a cada click.
    Nas suas mãos e mente até o abstrato se torna concreto.
    Parabéns! E… obrigado!

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  2. Sandra, minha admirável X-Friend, fico muito feliz de estar fazendo parte desse seu “mundo perdido”, percebendo que os bons amigos sempre estão juntos, até mesmo quando se atravessa buracos de minhoca.
    Embora ainda em construção, seu mundo particular já está lindo, como tudo que faz. Percebe-se seu toque especial, seu bom gosto, a cada click.
    Nas suas mãos e mente até o abstrato se torna concreto.
    Parabéns! E… obrigado!

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